O que é?

Ansiedade não é uma doença mental, mas um sintoma tal como a febre, ou seja, ela é sempre parte de um quadro mais específico como pânico, fobias ou depressão.

Quais são os tipos mais comuns e seus sintomas?  

• Ansiedade generalizada: é uma ansiedade quase contínua, a pessoa está sempre apreensiva. Preocupa-se com tudo antecipadamente, seja em relação a finanças, futuro, doenças, etc, o que acarreta grande sofrimento.

• Pânico: é uma ansiedade intensa, episódica, acompanhada de muitos sintomas físicos como sudorese, tremores, cólicas, tontura, aumento da pressão. Esses sintomas levam os pacientes a buscarem o Pronto Socorro ou agendarem repetidamente consultas com diversos especialistas (conforme os sintomas), tais como cardiologista, otorrino, etc.

• Agorafobia: Fobia (medo intenso) de lugares cheios ou fechados, tais como engarrafamentos, avião, metrô. Trata-se de um quadro muito sofrido, que acarreta inúmeras limitações.

O que fazer diante de uma Crise de Ansiedade?

Geralmente, uma pessoa que está enfrentando uma crise de ansiedade prefere ir a um PS. No entanto, o atendimento oferecido nesses locais envolve somente ministrar um comprimido ansiolítico após afastar possíveis problemas clínicos por meio de exame físico, histórico de saúde e registro dos atuais sintomas.

Se a pessoa com crise de ansiedade goza de boa saúde, ingerir um comprimido ansiolítico é algo que pode ser realizado em sua casa.

A maioria dos ansiolíticos demora cerca de 20 minutos para surtir efeito.

Tem cura?

A grande maioria dos casos de ansiedade tem cura. Aqueles que não encontram a cura definitiva, por sua vez, podem obter um bom controle sintomatológico por meio do tratamento adequado.

Como é o tratamento?

- Medicamentos: geralmente antidepressivos, que também possuem efeito ansiolítico, associados a outros que potencializam os antidepressivos.

- Psicoterapia

O que é?

A depressão é um dos quadros mais frequentes entre as doenças mentais. Especialmente entre idosos, a depressão tende a ser mais grave e oferecer mais risco. Ao mesmo tempo, adolescentes depressivos requerem especial atenção por serem impulsivos e suscetíveis a atitudes de risco.

Quais os sintomas?

Os sintomas da depressão podem se apresentar em diversos níveis, desde um quadro leve de desânimo e angústia até quadros mais graves, em que a pessoa pode passar a maior parte do dia deitada, isolar-se, descuidar da higiene, perder peso, faltar ao trabalho, descuidar da casa e dos filhos, entre outros.

O que fazer ao identificar sintomas de depressão?

Ao perceber os sintomas, é importante buscar auxílio de um médico psiquiatra ou clínico, pois é comum as pessoas identificarem como depressão um comportamento que resulta, na verdade, de esquizofrenia, déficit intelectual, demências, transtorno bipolar, etc.

Existe tratamento para todos esses quadros, o que traz imenso alívio para o paciente e para a família. O primeiro passo para isso é receber o diagnóstico correto.

Tem cura?

Em 30% dos casos, há remissão total dos sintomas (cura) com tratamento. No restante dos casos, há bom controle dos sintomas com recuperação da capacidade funcional do paciente.

Como é o tratamento?

Atualmente, temos muitas opções de antidepressivos e outros medicamentos que podem potencializar o efeito dos antidepressivos, como hormônio tireoidiano, estabilizadores do humor, lítio, ansiolíticos, etc.

Além dos medicamentos, psicoterapia melhora significativamente os resultados. No entanto, é importante frisar que a psicoterapia não é imprescindível e há pessoas que preferem não fazê-la.

O que é?

A distimia é um tipo de depressão com sintomas mais leves, que se mantém por longos períodos (anos), com início em torno dos 20-25 anos, época em que os jovens estão entrando na fase adulta e definindo sua vida profissional e acadêmica.

Quais os sintomas?

Sintomas da distimia incluem desânimo, desinteresse por atividades de lazer ou trabalho, cansaço e sonolência diurnos, culpa e autorrecriminação, pensamentos negativos e pessimismo, tristeza, desempenho profissional aquém do que a pessoa considera ser seu potencial, entre outros.

Tem cura?

A distimia não tem cura, mas há boa resposta ao tratamento com controle significativo dos sintomas e melhora da qualidade de vida.

Como é o tratamento?

Esse tipo de depressão é tratado com psicoterapia ou farmacoterapia ("remédios"), o que deve ser estabelecido o quanto antes pelo psiquiatra para diminuir prejuízos pessoais em termos profissionais, escolares, etc.

O que é?

A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica que se inicia em torno dos 20 anos e tem como principal característica a mudança de comportamento. Trata-se de um quadro crônico que pode ter uma evolução melhor quanto mais cedo for identificado e tratado.

Quais os sintomas?

Sintomas incluem isolar-se, sentir medo das pessoas, sentir-se observado, falar ou rir sozinho, ter certeza de que coisas ‘estranhas’ estão acontecendo, entre outros.

Tem cura?

A Esquizofrenia não tem cura, mas 30% dos casos apresentam boa resposta ao tratamento e o paciente volta a ter uma vida normal. Dos 70% restantes, cerca de metade apresenta ótima resposta diante de um medicamento antipsicótico mais específico. Esse grupo de pacientes precisa ser tratado exclusivamente por psiquiatras. Em casos mais raros, pode ser necessária a realização de eletroconvulsoterapia associada a antipsicóticos.

Como é o tratamento?

O tratamento é realizado com medicamentos, psicoterapia especifica para portadores de Esquizofrenia e eventualmente, eletroconvulsoterapia.

Entrevista sobre bipolaridade

Clique aqui e confira a entrevista concedida pela Dra. Belquiz à Rádio Cultura FM sobre bipolaridade.

O que é?

O transtorno bipolar costuma começar em torno dos 30 anos e pode durar a vida toda, sendo frequente também em idosos. Sem o diagnóstico e tratamento corretos, ele pode ser muito prejudicial em todas as esferas da vida: trabalho, casamento, amigos, etc.

Quais os sintomas?

Pessoas com transtorno bipolar alternam períodos de depressão e períodos de euforia (os dois polos). Para que o psiquiatra possa fazer o diagnóstico de bipolaridade, o paciente deve ter clareza de um (ou mais) período(s) distinto(s) de energia excessiva, diminuição da necessidade de sono, disposição intensa, criatividade acentuada, sensação de muitos pensamentos ao mesmo tempo, autoconfiança excessiva, etc.

Tem cura?

O transtorno bipolar não tem cura, mas conta com muitas e boas opções de tratamento. Nesse sentido, é uma doença que se assemelha à hipertensão. 

Como é o tratamento?

Diferente da depressão comum, chamada de “unipolar”, o quadro de depressão em bipolares costuma ser muito intenso e exige tratamento diferente daquele realizado para a depressão comum. Geralmente, usa-se uma combinação de medicamentos, que sempre inclui um estabilizador do humor.

O que é?

O pânico é uma ansiedade intensa e episódica. 

Quais os sintomas?

Sintomas incluem sudorese, tremores, cólicas, tontura, aumento da pressão. Esses sintomas levam os pacientes a frequentemente buscar o Pronto Socorro ou agendar repetidas consultas com diversos especialistas (conforme os sintomas), tais como cardiologista, otorrino, etc.

O que fazer diante de uma crise de pânico?

Normalmente, a administração de um ansiolítico interrompe a crise de pânico. É este o atendimento prestado em um Pronto Socorro, em que os médicos sabem diferenciar o quadro de pânico de um enfarto, por exemplo. Após a realização de alguns exames para descartar problemas físicos, é ministrado um ansiolítico.

No entanto, se o paciente já tem o diagnóstico de Síndrome de Pânico, não há necessidade de se deslocar a um Pronto Socorro, basta tomar o ansiolítico/calmante que ele tem em casa. O medicamento demora de 30 a 40 minutos para agir. 

Tem cura?

Sim, sob o tratamento adequado, a Síndrome de Pânico tem cura.

Como é feito o tratamento?

O tratamento é realizado por meio de fármacos (remédios) e psicoterapia.